sábado, 23 de fevereiro de 2008

Então hoje vamos no "Metlô DF"...



As coisas simples da vida, no final das contas, são as que realmente importam. Ao se olhar com os olhos de uma criança, um sábado chuvoso pode se tornar o mais divertido sábado que se pode imaginar.

Hoje aprendi uma lição, aliás, 2 lições. E as 2 com uma criança quase 20 anos mais nova que eu.

Como é bom se sentir amado e poder amar alguém de alma tão pura. Poder sentir um abraço sincero e com um carinho impar. Tenho certeza que vou sentir muita saudade desse dia. De ficar conversando vendo a paisagem lá de fora através da janela do "metlô DF" (risos).
Saudade de ouvir perguntas do tipo "você é mais velho que minha mãe? Você é mais novo até que o Matheus?". E afirmações do tipo "você não é meu tio, você é meu padrinho!"

Ouvir isso hoje fez eu me sentir tão feliz quanto no dia que fiquei sabendo que ia ser padrinho daquele presente. Que entre muitas pessoas, eu fui o escolhido para isso. Minha memória fotográfica trás a minha mente a lembraça exata daquele momento. O sorriso da minha irmã ao perguntar se eu aceitava, e eu meio sem acreditar, lisongeado, dizendo: "claro que eu quero!".
E hoje, passando o dia com esse principe, eu pensei quase com o mesmo intusiasmo: "é claro que eu volto!" (risos)



Usarei as mesmas palavras que ouvi hoje na televisão: "Cara, é bom demais ter família!"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"E quando a gente crescer..."





É engraçado como as criança são companheiras umas das outras. É o companherismo mais sincero que existe. Sempre lembram do amiguinho, do irmãozinho, do primo... Pode ser que só eu ache isso, mas é o que eu vejo na maioria das crianças, ou pelo menos nas da minha família.


Hoje eu estava observando o Guilherme e o Matheus. Como eles são amigos. É uma amizade "de dar inveja". Eles sempre perguntam um pelo outro e quando tem algum tipo de reunião que um esta e o outro não, chega ficam muchos...


Na minha infância não foi diferente. Porém não tive primos com idade parecida para brincar. Ao invez disse tinha sobrinhas, (risos). Ser o caçula de 9 irmãos tem lá suas peculiaridades. E como nos divertíamos. Fico abismado com nossa criatividade. Alguém já brincou de casinha dominó? Pois eu, Paulinha, Hellen e Fernandinha brincavamos. Além disso todas as 28 pedras do dominó tinham nome. E o mais incrível: Brincamos toda a nossa infância com o mesmo conjunto de dominó. Quando acabavámos era um desespero só para achar todas as peças. Ninguém parava de procurar enquanto todas não estivessem no seu devido lugar. Não sei o quão grande seria a bronca por perder alguma peça, pois nunca perdemos nenhuma.


Alguns planos não foram possíveis concretizar, como o de morar junto com a Paulinha, pois a apressadinha já se casou. Mas o maior e principal deles vem se mantendo até hoje, o de estar sempre junto e poder contar um com o outro.


E como um piscar de olhos o tempo passou, hoje temos vinte e poucos anos, eu e a Hellen ainda brigamos como se fossemos matar um ao outro, e depois de 30 segundos estamos rindo um da piada do outro e as pessoas ainda de boca aberta. A Paulinha e a Fernanda largaram o jazz e o karatê, e também não brigam mais com agressões físicas (Mas antes... vixiiiiii...).


E depois desse tempo todo os nossos laços só ficaram mais fortes. Hoje, no aniversário da Paulinha, eu pude perceber isso, ou melhor, eu pude sentir isso. Alias, nos ultimos dias tenho sentido tudo muito "ão". Tenho vivido tudo muito "ão", assim como foi no final do terceiro ano. Quando eu sabia que sentiria falta daqueles momentos pelo resto da vida.



Agora eu até dei um suspiro daqueles que enterrompem pensamentos que estão bem longe.



Bom, tudo até aqui foi uma enrolação para dizer: FELIZ ANIVERSÁRIO PAULINHAAAA!!!




Que a distância nos una e que cada momento passado junto seja eterno!








Amo você.




Amo nossa família!






segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O sonho começa a criar forma...







Todos dizem que os dias estão passando cada vez mais rápido. Eu arisco dizer que nós que estamos aproveitando cada vez menos ele.



Lembro de quando eu era criança e tudo era muito mágico. Desde a ida para a escola, até a brincadeira de polícia e ladrão, quando ser o ladrão não era tão feio na minha cabeça.



Mas tudo na nossa vida acaba sendo assim, quando passa a gente sente saudades. Vivemos em uma espécie de nostalgia onde, quase sempre, o passado que era melhor.



A pouco tempo começaram as aulas. E no segundo dia de aula fui à minha antiga escola. Um turbilhão de emoções passaram no meu coração. Incluindo uma pequena inveja daqueles que estavam ali. Pensei como seria bom se eu pudesse voltar no tempo e viver tudo aquilo de novo. A maioria das pessoas falaria: "Credo, mas agora você é independente, já se formou...", mas mesmo assim tenho vontade de reviver aquele momento e viveria novamente se fosse possível. Mesmo achando que aproveitei da melhor maneira tudo que passou, pois de alguma forma sabia que iria sentir falta daquilo mais tarde.



Hoje estou sentindo algo diferente, um pouco de saudade do presente, do agora. Acho que estou começando a viver com a cabeça no amanhã, mais precisamente com a cabeça em abril de 2008.



E quando penso parece que estou vivendo um sonho, ou seja, aquilo que gostaria que fosse verdade, mas infelizmente não é. Mas ao mesmo tempo eu volto a pensar e percebo que É VERDADE SIM!



A primeira lembrança que tenho do sentimento de perda, foi a da partida de minha irmã Mônica, em 1993, para Viena. Antes dela minha outra irmã Mariza já havia ido, mas eu era mais novo e não tinha muita noção do que estava acontecendo, porém quando a Mônica foi entendi muito bem o que aquilo significava. Pensei em fazer greve de silêncio e de fome. Obviamente não consegui comprir nem por 1 hora.



Desde então era acostumado a chorar muito cada vez que alguma delas passava férias no Brasil e eu tinha que me despedi depois de menos de 1 mês.



Agora estou preste a deixar para trás tudo, e não somente minhas 2 irmãs, como o de costume. Uma mistura de euforia, alegria, e muita saudade já começa a tomar conta de mim. Tenho certeza que não será fácil. Ainda mais depois de morar 23 anos em uma mesma casa, estudar anos com os mesmos amigos e fazer tantas outras coisas da mesma forma por tanto tempo. Mas esse momento parece algo mágico, algo que não consigo explicar direito, mas é como se toda a minha vida fosse um preparatório para isso. Para mim, mesmo que subconcientemente, isso era tão certo quanto eu me casar algum dia, ter filhos, me formar...



Hoje o sonho começa, finalmente, a ter formar... Com a assinatura do contrato com a London Connexion, e o agendamento da minha despedida, dia 29 de março, a ficha começa a cair. Quero fazer um evento, como nenhum outro feito antes por mim.



É engraçado como as coisas podem ser observadas de maneiras diferentes pelas pessoas. Quando fui ao meu antigo emprego, Aplauso Eventos, pedir ajuda aos meus colegas na organização da minha despedida, e ouvi um acanhado, porém caloroso "Uhuuuuu!!!", acompanhado de sorrisos sinceros e palavras de otimismo fiquei sem reação, acho que nem agradeci, mas percebi que valeu a pena tudo que já vivenciei até hoje. E que era realmente a hora de ir além, de buscar meu grande sonho.



Então faltam aproximadamente 46 dias para eu chegar lá...